E daí que você levanta todas as manhãs. E toma café, come pão com
manteiga, ou, talvez, torrada e geléia se o humor não estiver bom.
Trabalha, atende ao telefone, paga as contas, estuda para ganhar algum
$ a mais, pega trânsito, vê um programa ou outro na televisão. Foge
dos perigos, dos imprevistos, dos medos, da solidão. E você até beija
na boca, viaja, lê bons livros, vai ao teatro, cinema, ouve música,
fala com os amigos. E daí você se levanta, de novo, na manhã seguinte.
E toma café, come pão, torrada, geléia, trabalha, fala ao telefone,
paga conta, estuda, pega trânsito, beija na boca, e foge dos perigos.
E? e… mais nada. É – quase sempre – assim todas as “manhãs”. Por anos.
E a gente pede para que o outro dia seja diferente. Meu Deus (se é que
você existe)! me deixe comer tapioca pela manhã, ou qualquer outra
coisa que só se conhece pelo nome, desvie meu caminho, e me encha de
situações desconhecidas. Mas, não… não me deixe com as mesmas
situações de sempre! Ok? alôôô!!! Hã? Sério? Problema meu? Mesmo? Ah
tá…
"Apesar do medo, escolho a ousadia. Ao confronto das algemas, prefiro a dura liberdade. Voo com o meu par de asas tortas, sem o tédio da comprovação. Opto pela loucura, com um grão de realidade" Lya Luft
terça-feira, 7 de agosto de 2012
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