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terça-feira, 14 de outubro de 2014

MARIO QUINTANA

“A vida fica muito mais fácil se a gente sabe onde estão os beijos de que precisamos” – Mário Quintana

(*) Trecho do livro Felicidade, de Eduardo Giannetti.

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Todo sofrimento humano, não importa qual seja, resulta de uma incongruência entre a nossa vontade e desejos, de um lado, e o curso dos acontecimentos que nos afetam, de outro. Como lidar com a discrepância entre aspirações e realidade? Há dois modos básicos de reduzir ou anular essa incongruência. Um deles é adaptando e moldando os nossos desejos ao curso dos acontecimentos; e o outro é transformando as circunstâncias com que nos deparamos de modo a que atendam aos nossos desejos. Como as circunstâncias com as quais nos deparamos não estão sob o nosso controle e como o mundo é regido por leis que independem de nossa vontade, só nos resta submeter e adaptar o que está à mercê da nossa vontade, ou seja, os nossos desejos e aspirações, ao curso dos acontecimentos. (*) Acho que é bem isso. Somos cada vez mais infelizes porque teimamos em querer saciar todas as nossas vontades, desejos e caprichos. Queremos que tudo aconteça do jeito que planejamos e sonhamos, e, quando as coisas fogem do nosso controle (e elas sempre fogem), ficamos emburradinhos. Desejar é bom. Mas desejar demais pode causar sérios danos ao nosso sistema nervoso e, hoje, vivemos a “tirania do desejo”, vivemos uma época onde somos iludidos pelo “marketing da felicidade plena”, cujo lema parece ser: “Você pode tudo”. Mentira. A gente não pode tudo, não. A gente pode uma coisinha aqui, outra ali, o resto depende das circunstâncias – essas que a gente não tem como prever e controlar. Adaptar os nossos desejos à realidade que nos cerca é melhor maneira de escapar – ou ao menos diminuir – esse sentimento de incompletude que nos atormenta. Não é se conformar com o que você tem ou é, e passar a existência com a cara na lama. É desejar de acordo com as oportunidades que vão surgindo nas nossas vidas. Usaríamos menos ansiolíticos se aceitássemos as nossas impossibilidades. (*) Trecho do livro Felicidade, de Eduardo Giannetti.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ACREDITO


Acredito em saudade, sei o quanto uma ausência pode doer, provocar contração muscular e até náusea. Ausência física, ausência da voz e do cheiro, das risadas e do piscar de olhos, saudade da amizade que ficará na lembrança e em algumas fotos. ( trecho do texto de Martha Medeiros)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

PREGUIÇA DE SOFRER


Ando com tanta preguiça de sofrer, acho que minhas dores se cansaram de mim. Tenho estado diferente... sem aptidão para repetições. Com alguns machucados atravessados no peito, sentia medo de não reconhecer mais a inocência, mas hoje percebo que eles podem até ter feito faltar sorrisos, mas nunca motivos. Então cansei de doer. Agora vivo diante desse tobogã de possibilidades que é a vida. Afinal, foi na desistência que comecei a crescer... E, por tudo que doeu, agradeço, trago comigo infinito acervo afetivo. À noite, antes de dormir, diante do espelho, falo : - Ei... preciso saber se você ainda está aí... Fecho os olhos, e percebo que estou. Então, acho que dou conta de mim. (Solange Maia)
A vida não acostuma a oferecer colo, ela vira a gente do avesso... e daí ... dá um nó. (NÓS) desatamos. (Dulce Miller)
 Minha Realidade é feita de muitas coisas: um trabalho massacrante e desafiador. Meio que "Bombeiro" (...) vou apagando incendios, quase que reais. Ás vezes eu me sinto Feliz. Uma felicidade que vem do Silêncio...dos olhares e gestos cotidianos. Ás vezes percebo que estou no meio de minha felicidade: Um homem existiu em minha vida. Eu experimentava outro ser humano. Ele me experimentava.Uma curta história de amor, que se parece com tantas outras. Durou alguns anos. SÓ POSSO FALAR DA TRISTEZA E DA FALTA QUE ELE ME FAZ. Me sinto profundamente só... Penso que a minha alma não tema a menor chance de salvação... E eu me obrigo a rir aos prantos. Durou vários anos. Depois de viver com ele durante alguns anos, comecei a observa-lo.Ficava em silencio e, sentada, observava. Ele não existia apenas em relação a mim.Quanto mais ele se afastava, mais eu o entendia.Como se a distancia me desse maior lucidez. Meu medo diminuiu e a solidão mais fácil de suportar , quando eu via a insegurança dele. A adoração desapareceu. Notei seu cabelo grisalho;ele era muito mais velho, era sábio e estimulante: vaidoso e egoista. E descobri, com surpresa, que isso era amor. Com tristeza percebi que tudo logo terminaria... E quando terminou, tive a esperança de que ele não ficasse sozinho. Que uma nova mulher tomasse conta dele melhor do que eu. Algo tinha se esmagado dentro de mim. Estou passando por uma MUTAÇÃO. Vi o interior de uma pessoa, e estou cheia de ternura pelo que descobri. Durante um período pegamos nas mãos um do outro e permanecemos dolorosamente unidos. Quando a tempestade passar...seremos verdadeiramente amigos. texto de elza rocha

  Descuidou-se por um instante e as bolas escaparam, correram desnorteadas pela rua. Ela tentou agarrá-las, mas era tarde. As bolas correram...