"Apesar do medo, escolho a ousadia. Ao confronto das algemas, prefiro a dura liberdade. Voo com o meu par de asas tortas, sem o tédio da comprovação. Opto pela loucura, com um grão de realidade" Lya Luft
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
IDIOTA FELIZ
No Programa do Jô, o psicólogo João Oliveira contou que, hoje em dia, está cada vez mais difícil perceber expressões de medo e tristeza nas pessoas. Demonstrar esses sentimentos, avalia o psicólogo, é encarado como sinal de fraqueza. Por isso são camuflados.
João Oliveira é autor do livro Saiba Quem Está à Sua Frente – Análise Comportamental pelas Expressões Faciais e Corporais (Editora Wak, 2011).
O psicólogo corrobora algo que os mais atentos à zoologia humana já devem ter notado. Eu, em todo lugar que vou, só encontro pessoas determinadas e felizes; capazes e sorridentes; realizadas e de bem com a vida. Pelo menos é assim que se mostram. Se são de fato, não sei. Mas é tanta autoafirmação que desconfio haver um bocadinho de falsidade no comportamento proativo desse numeroso exército de Smileys Faces.
Sei que a vida, com suas “pegadinhas” de mau-gosto, exige que sejamos corajosos para enfrentá-la. Respirar sem perder o fôlego não é para principiantes. Sei também que simular felicidade valoriza o nosso marketing pessoal. Felizes, vendemo-nos mais fácil.
Por esses motivos, estufamos o peito e bradamos não ter medo de nada e nunca estar triste. Mas será verdade?
Escreve Eduardo Giannetti: “Mentimos para nós o tempo todo: adiantamos o despertador para não perder a hora, acreditamos nas juras da pessoa amada, só levamos realmente a sério os argumentos que sustentam nossas crenças. Além disso, temos a nosso próprio respeito uma opinião que quase nunca coincide com a extensão de nossos defeitos e qualidades. Sem o autoengano, a vida seria excessivamente dolorosa e desprovida de encanto.” (Autoengano, 1997, Cia. das Letras).
E aí, você tem medo de quê? Você está triste por quê?
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