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domingo, 28 de agosto de 2011

UM MISTÉRIO

Todos os dias passo muito do horário que deveria dormir. Mesmo sabendo que aquele sono será insuficiente.

Todas as manhãs acordo na minha hora, mesmo compreendendo que se levantasse 30 minutos antes não me atrasaria.

Todos os dias, como uma sonâmbula, vou para a cozinha colocar a cafeteira para funcionar. Uma xícara de café preto, duas fatias de pão quentinho, feito torrada, com manteiga ou queijo ou geléia.

Todas as primeiras horas do dia há um conflito do que fazer ou não primeiro. Todas às vezes tenho vontade de fazer nada. E, em todas elas me sinto culpada.

Todas as culpas não levam a lugar nenhum porque, culpada ou não, tudo continua sempre igual.

Todos os meus almoços são perto do chá das cinco. E os jantares ficam sempre pra mais tarde.

Todos os dias arrasto um chinelinho vermelho pela casa. Em todos os meses jogo uma dúzia de meias brancas fora.

Todos os dias acordo prometendo ser mais social, cumprir horários, atender os telefones, responder os emails, e sentir um pouco mais de prazer.

Todos os dias, no final de cada um deles, chego a conclusão que me engano.

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“Um mistério: porque todo mundo sempre volta a cometer os mesmos erros”

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