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sábado, 4 de fevereiro de 2012

FANTASIAS INGÊNUAS DE GENTE GRANDE

Curtir o frio-sem-sol na frente da lareira ou o frio- com-sol andando à toa pelas alamedas, pelos bosques, às margens dos lagos e regatos, dentro de um casaco de veludo preto, ou um suéter branco de listras vermelhas. Ah! Hoje eu quero pessoas de vestidos simples, de florzinhas, de bolinhas, de tranças, de franja, ou de cabelos de qualquer jeito. De sandálias, de tamancos, de túnicas ...pessoas-alma. Todas com jeito e rosto de criança. Fora com os penteados e maquiagens complicados!!! (Deixar apenas o batom e esmalte na cor salmon e colônias muito suaves, que lembrem os campos em flor). Hoje eu quero perdoar os chatos, os pobres de espírito, os criminosos, os convencidos... Abolir a pena de morte, não condenar ninguém. Não existe gente totalmente má. Transformar as penitenciárias em hospitais. Fundir as armas do mundo e transformá-las em hospitais, instrumentos cirúrgicos, câmeras fotográficas, máquinas de costura, agulhas de tricô, tachos pra fazer pamonhas (que eu adoro!), formas pra bolo de milho, pra cocada, doce de abóbora com coco, arroz-doce. E tanta coisa mais. Dividir terras pra que se plante trigo. Uva pro vinho, arroz pra fazer com camarão. Criar gado pro presunto e leite pra fazer queijo e comer com goiabada , frango pra fritar com cebola e comer quentinho. Ah, eu quero serenatas com violão e flauta! Trocar as fofocas por aulas de músicas. Muitos programas de televisão, por sessões de balé, alguns filmes intragáveis e novelas, por desenhos animados: Tom e Jerry, Pernalonga, Turma da Mônica...todo o bando Disney... Curtir a noite ao som de Burt Bacharah ou Enya, meditando ...ou lá fora sob as estrelas...ao som de grilos, cachorros e galos distantes... Andar sem destino na madrugada e dizer bom dia ao lixeiro, ao jornaleiro...Que importa o tempo ou as horas nessas horas? Substituir a cama da manhã por sessões de ver o sol nascer e a correria da tarde por sessões de ver o sol morrer. Transformar cassinos em escolas de toda arte: pintura, fotografia, escultura, literatura, artesanato, música, dança, teatro... Navios de guerras em hotéis e parques de diversões...circos e pipoqueiros, vendedores de amendoins, de balões, de flores, algodão-doce, cocadinha, sorvete e todos os outros vendedores de felicidade, mesmo que ela seja passageira... Me integrar com Mônica, Cebolinha, Pequeno Príncipe, Zezé do Zé Mauro de Vasconcelos, Pateta, Calvin, Garfield, Snoopy ...e todo o "bando" que for verdadeiramente autêntico ... Substituir os comerciai por músicas infinitas: Gal, Caetano, Luiz Vieira, Fagner, Oswaldo Montenegro, Marisa Monte, Zélia Ducan, Vinícius, Chico, Caetano, The Plathers, Bee Gees, Carpentes, ABBA, Toquinho, Djavan, Bethania, Elis, Beatles, Simon and Garfunkel, Capital, Zé Ramalho ...tanta gente mais. Toda casa deve ter as Valsas de Strauss,ou "coisas" de Bethoven, Mozart, Tchaikovski, Lizt, Bach, Handel...e todo o "bando"... Hoje eu quero festivais de folclore, exposições de quadros, lançamentos de livros...Gente lendo Machado de Assis, Monteiro Lobato, Guimarães Rosa, Richard Bach, Eric Fromm, Victor Hugo, Exupéry, Tonho, Cora, Odete, Cecília, Cris, Francisco, Vania, Nanda,Rose, Vera, Plínio, Diógenes, Aldo, João, Nelim, Moacir, João, Diógenes, Vanderli, Bete, Silvana, Maria, Rosy, Lisiê, Conchita, Gracias, Maria Thereza, Flora, Vinícius, Jailson, Carlos, James, Will, Odete, Delasnieve, José ...tanta gente mais. Muito mais! Eu sei que é utópico. Semi-impossível. Eu nunca fiquei totalmente na terra. Meu mundo é flutuante. Minha vida é alimentada pelos meus sonhos ...Contudo, se nada disso puder acontecer, troco tudo de bom grado, pela delícia que foi poder prosear todas essas ilusões à toa, com gente com quem tenho plena sintonia, porque perduram sem interferências nem cobranças e permitem que até fantasias de gente grande possam virar as mais intensas ternuras.

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