POSTAGEM MAIS ANTIGAS

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

muito lindo... o idiota feliz

Eu sei: nada acontece até que alguma coisa se mova. Qualquer coisa. Eu: inclusive. Eu: principalmente. Eu: o único que posso me arremessar para onde eu bem entender. Sim, eu posso. Você também. Todos podemos tudo: saltar alto, voar longe, ir além – subir na ponta dos pés e esticar o braço para alcançar lá no alto os devaneios. Devanear: verbo imperativo. Devaneios existem porque viver apenas não basta. É preciso burilar ideias improváveis, projetar sonhos impossíveis, lançar a cabeça às nuvens, poetizar o dia a dia. E mover, se não o corpo, o pensamento; se não os pés, o coração. Mover para caber algo mais em mim, algo extraordinário, algo que a lógica não prevê. Em vez disto, fazer aquilo. Em vez deste, gostar daquele. Celebrar o desábito, o descostume; desregrar-se das regras, e ser livre para poder escolher ventania quando a vida lhe oferece mormaço. É a vontade que determina o que eu posso. Mas cadê vontade de fazer o que eu posso?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE O SEU COMENTÁRIO... OBRIGADA PELA VISITA. BJOS

  Descuidou-se por um instante e as bolas escaparam, correram desnorteadas pela rua. Ela tentou agarrá-las, mas era tarde. As bolas correram...