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domingo, 19 de maio de 2013

Amar uma pessoa não significa que devo automaticamente amar a cambada toda que essa pessoa carrega com ela. Não, definitivamente não! Posso amar Fulano e não ir com a cara da mãe dele. Posso amar Sicrano e não suportar o melhor amigo dele. Ok, se estou em um relacionamento com uma pessoa, sei que mãe e amigo vêm incluídos no pacote e farei o possível para tolerá-los. Só não me peça para conviver com eles mais do que o necessário. A mãe é sua. Não minha. O amigo é seu. Não meu. Casais têm essa mania boba de desejarem ser “um só”, juntar suas famílias, compartilhar os mesmos amigos. Nem sempre funciona. O que é de um, o outro pode rejeitar. Por isso, muitas vezes é melhor que cada um siga com os seus, sem impor ao outro o que o outro não considera como “seus”. Forçar aproximações pode causar atritos desnecessários. Outro dia, na fila do pão, ouvi de uma mulher: “Minha mãe falou pra gente ir almoçar na casa dela domingo.” O homem: “Eu tenho que ir?”. Não, ele não tem que ir. Mas se não for, a casa cai.

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