POSTAGEM MAIS ANTIGAS

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

QUEREM AGORA QUE EU SEJA COMPORTADA! DIGA LÁ!!!!

*O Tarzan corria pelado... *Cinderela chegava em casa meia noite... *Aladim era ladrão... * Batman dirigia a 320 km/h ... * Pinocchio mentia... * Bela Adormecida era uma pervertida... * Salsicha (Scooby-Do) tinha voz de maconheiro, via fantasma e conversava com o cachorro... * Zé Colméia e Catatau eram cleptomaníacos e roubavam cestas de pic-nic... * Branca de Neve morava na boa com 7 homens (pequenos)... * Olívia Palito tinha bulimia; * Popeye fumava um matinho suspeito!!! * Pac Man corria em uma sala escura com musica eletrônica comendo pílulas que o deixam ligadão; * Super Homem locão, colocava cueca por cima da calça; * A Margarida namorava o Pato Donald e saía com o Gastão; Olha os exemplos que eu tive! Tarde demais! Agora pedem pra eu me comportar?!?!?!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

APENAS SIGA

Não abandone a leveza dos seus gestos, nem a suavidade de suas palavras. Não deixe de colher rosas por medo dos espinhos, nem de se emocionar ao receber um carinho. Siga seu próprio modelo: Simples como a natureza, doce como mel BOM DIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (do meu amigo Eduardo Geraes)

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

CHOREI

Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Angela ro ro quero mais

ALGUMAS OPÇÕES DO MEU AMIGO LÚ...

Luferal Almeida Opções para esta história A tua Procura... Em cada rosto eu te procuro... Em cada olhar eu procuro o teu... Em cada rua, em cada esquina eu te procuro... Em cada anoitecer, em cada amanhecer eu te procuro... Tu estás em mim por vinte quatro horas... Mas não te encontro Aonde tu te escondes??? No sol, na lua, na noite, onde estás??? Por que não te mostras, pelo menos nos meus sonhos??? Continuo a tua procura. Quem sabe te encontre, algum dia, em algum lugar!!!

Paulo Ricardo Imagine legendado

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

DO MEU AMIGO EDUARDO GERAES

Por mais forte que sejam os ventos Por pior que pareça ser a tempestade Por mais que doa a dor da saudade. Por mais dura que seja a queda Por mais dolorida que seja a decepção Por mais que machuquem o seu coração. Por mais escura que a noite possa parecer E o dia demore pra amanhecer. Por mais amarga a traição a ti cometida Por mais triste que você se sinta na vida Jamais perca o seu equilíbrio Busque no seu interior o abrigo. Fazendo de cada inimigo um amigo E a vida ganhará um novo sentido.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

MINHA QUERIDA ELZA MARÍLIA

jÁ FUI MUITO SURRADA PELA VIDA,SOBRECARREGADA PELOS DESENCONTROS E OBSTÁCULOS.APRENDI COM VOCÊ ,QUE PRA VENCER É SÓ CAMINHAR AO LADO DE QUEM NOS FAZ BEM.SEM DEMAGOGIA VOCE É UMA DESSAS PESSOAS. Á CADA DIA ,TENHO ME SUPERADO,VOCE SABE DO QUE ESTOU FALANDO,FALO DESSA MALDITA DEPRESSÃO QUE ME ACOMPANHA,TODOS OS DIAS SÃO UMA VITÓRIA. PODE CONTAR COMIGO SEMPRE. OBRIGADA POR FAZER PARTE DAS MINHAS VITÓRIAS DIÁRIAS. SUA SEMPRE AMIGA... ANA CRYSTINA

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

FERNANDO PESSOA

Eu sei que não sou nada e que talvez nunca tenha tudo. Aparte isso, eu tenho em mim todos os sonhos do mundo. Fernando Pessoa

AI... MEU CORAÇÃO REVIRADO

Ai...eu coração revirado Ai meu coração revirado!!! A vida é urgente. Música, por gentileza.Uma canção para salvar esse coração... encharcado? Chocolate, coca-cola, por misericórdia! Algum açucar nesse sangue tão absoluto de ser.. Pois, que... são pesados este corações internos.

A CRUZ E A ESPADA (RPM & RENATO RUSSO) LEGENDADO

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Uma obra-prima do genial Belchior. Traz-me grandes recordações da década de 70 e das músicas sensacionais daquela época. Valeu a postagem !!! "Meu coração é como vidro, é como beijo de novela". É demais!!!

"Eu estou muito cansado Do peso da minha cabeça, Desses dez anos passados, presentes Vividos entre o sonho e o som Eu estou muito cansado De não poder falar palavra Sobre essas coisas sem jeito Que eu trago no peito E que eu acho tão bom. Quero uma balada nova Falando de brotos, de coisas assim De money, de lua, de ti e de mim Um caretão sentimental Quero uma balada nova Falando de brotos, de coisas assim De money, de lua, de ti e de mim Um caretão sentimental Quero a sessão de cinema das cinco Pra beijar a menina e levar a saudade Na camisa toda suja de batom Quero a sessão de cinema das cinco Pra beijar a menina e levar a saudade Na camisa toda suja de batom"

RALPH WALDO EMERSON

"TENHA MUITO CUIDADO COM O QUE VOCÊ DESEJA INTENSAMENTE PORQUE VOCÊ CERTAMENTE IRÁ CONSEGUI-LO"

EMERSON

"Nossas energias,às vezes, surgem da nossa fraqueza. Só depois de sermos aferroados e dolorosamente atingidos, é que nossas forças "forças secretas" se despertam e nos auxiliam. Enquanto estamos acomodados no conforto das "vantagens", estamos adormecidos e estagnados. Quando somos pressionados, sacudidos e atormentados, temos oportunidade de aprendermos importantes lições de vida. Aprendemos sobre nossa negligência, ficamos curados da presunção, da vaidade e da arrogância; e adquirimos moderação, humildade, habilidade e competência verdadeira."

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DOCUMENTO DO ALEXANDRE. GERENTE DE RICARDO SILVEIRA ROCHA

Ricardo, O cliente Dinâmica comprou os veículos com você para entrega em SP. - Você negociou a entrega com a concessionária de Sp. - Eles colocaram limite de dias para os carros ficarem no pátio. - Você formalizou ao seu cliente tudo. - Se antecipou e enviou o espelho da NF para o cliente agilizar o pagamento. - Verificou o tempo de transporte e passou posição ao cliente. - Está alinhando a revisão de entrega para agilizar. - Formalizou tudo com a conss. De enterega. Resumindo, trabalho Espetacular! Parabéns, cliente satisfeito é aquele que tem informação de todo processo e acompanha tudo, a venda tende a dar menos problema pois tudo fica muito claro e formalizado! Atendimento nota 10!!! Com certeza este trabalho é que faz você ter excelentes números apresentados no Ranking abaixo!! Tenho plena confiança em lhe passar um cliente para atender por que sei que será muito bem atendido!

domingo, 17 de novembro de 2013

EU PERSISTO

Eu nunca mais vou amar de novo” tem o mesmo efeito que “eu nunca mais vou beber”. A gente bebe e fica de ressaca da mesma forma que ama e quebra a cara outra vez, arrependido por ter quebrado a cara e a promessa feita da última vez, sob os efeitos causados por ambas as drogas. A gente passa cada coisa nessa vida, viu? Se contar, ninguém acredita. Empurra com a barriga daqui, chuta um balde ou outro dali, chora feito bezerro desmamado numa hora, na outra gargalha feito hiena. Num dia tá bem, no outro tá na merda total. Mas é sempre a dor que nos faz lembrar que estamos vivos, seja lá como for, mas estamos. Ainda estamos. Mas, persisto. Esse é o meu maior e melhor defeito. Eu persisto.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

CRÔNICA DE MILTON NASCIMENTO SOBRE O CRUZEIRO

Confira a íntegra da crônica de Milton Nascimento: "É com muita alegria que acabo de acompanhar mais um título brasileiro do Cruzeiro. Sem dúvida, uma das mais bonitas campanhas de todos os tempos. E, com a conquista de mais esse campeonato, é impossível não lembrar de outros acontecimentos que muito me marcaram. Um deles, sem dúvida, foi o campeonato de 2003, com o maestro Alex jogando muito, mágico! Com a conquista de mais esse campeonato, é impossível não lembrar de outros acontecimentos que muito me marcaram. Um deles, sem dúvida, foi o campeonato de 2003, com o maestro Alex jogando muito, mágico!" Na semana passada, depois de uma turnê em algumas cidades da Europa, passei um tempo descansando em Lisboa e fui levado por um de meus filhos até a casa do Luisão, outro jogador extremamente importante naquela conquista. Juntos, relembramos vários momentos desse título, e Luisão me contou histórias maravilhosas daquele ano. Eu ainda não o conhecia pessoalmente, mas fiquei muito impressionado com a cordialidade, a simpatia e a humildade desse que é um dos melhores (e mais respeitados) zagueiros do mundo. Segundo ele, o Cruzeiro é uma marca que jamais vai sair da sua vida, nunca. Na despedida, como não poderia deixar de ser, desejamos boa sorte um ao outro pelo título. E deu certo, resultado: Cruzeiro campeão de 2013! Tostão é gênio! Dentro de campo, incontestável, fora dele, imprevísivel! Sem dúvida nenhuma ele é hoje um dos maiores cronistas do Brasil. Tostão, meu amigo, esse campeonato também tem muito de você nele!" Mas esse campeonato também me fez lembrar de outro grande companheiro: Tostão, "a fera de ouro". Um dos jogadores mais brilhantes de todos os tempos. É com muita honra que tive a chance de fazer a trilha sonora para um filme que foi feito sobre ele no começo dos anos 1970. A música-tema, "Tostão", continua fazendo a cabeça de muita gente pelo mundo. Me lembro até hoje das partidas épicas que ele jogou, tanto pelo Cruzeiro quanto pela seleção brasileira. Tostão é gênio! Dentro de campo, incontestável, fora dele, imprevísivel! Sem dúvida nenhuma ele é hoje um dos maiores cronistas do Brasil. Tostão, meu amigo, esse campeonato também tem muito de você nele! Outra grande alegria do Cruzeiro na minha vida foi quando fui nomeado Embaixador Internacional do clube. Função essa que levo muito a sério, pois em todos os lugares que eu vou, quando o assunto é futebol, nunca deixo de falar desse cargo tão importante para mim. E, sinceramente, espero ainda poder representar durante muito tempo meu clube mundo afora. Eu também poderia citar pelo menos uns dez jogadores do elenco que jogaram muito em 2013, mas prefiro (por justiça) parabenizar a todos que participaram dessa campanha histórica e emocionante. Do roupeiro, passando pelos seguranças, assessores até o massagista" De uns tempos para cá, fiquei ainda mais próximo da Toca da Raposa, onde sempre fui muito bem tratado. Durante o ano inteiro recebi camisetas e fui convidado pelo presidente a comparecer em várias partidas, mas infelizmente minha agenda de shows nunca batia com os jogos do time. Mas, nem por isso, eu deixava de acompanhar as partidas, não importa o lugar onde estivesse. Sendo assim, não posso terminar esse texto sem antes falar de uma das pessoas mais importantes nessa conquista: Marcelo Oliveira, comandante que teve que superar inúmeras barreiras para chegar até aqui. Sua generosidade, calma e humildade foram fundamentais para acertar o time. Eu também poderia citar pelo menos uns dez jogadores do elenco que jogaram muito em 2013, mas prefiro (por justiça) parabenizar a todos que participaram dessa campanha histórica e emocionante. Do roupeiro, passando pelos seguranças, assessores até o massagista, não podemos esquecer que o trabalho deles também é nobre, digno de aplausos e imprescindível para o clube. É por isso que eu digo: Cruzeiro, estou fechado contigo! Milton Nascimento"

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Fernanda Gaona

Aberta ao que a vida me dá, Flertando com o que ela oferece. Não quero roteiro, rasguei meu papel. Improviso com aquilo que não sei. Estou de caso com o acaso! Fernanda Gaona

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Eu não tenho medo de altura, de avião, do escuro, da solidão. Eu não tenho medo de cobra, trovão, dentista ou furacão. Não. Eu não tenho medo de você… … nem do abismo que existe entre nós. Mas preciso ser clara: se aquela lagartixa estiver logo ali, eu nem saio daqui. (pois é … eu não devo ser mesmo uma pessoa muito normal…)

domingo, 10 de novembro de 2013

DO IDIOTA FELIZ

- O futuro é um lugar muito longe. Pior. É um lugar que nem existe e que a gente nem sabe se vai existir algum dia. Mas, da mesma forma que acreditamos em milagres e príncipes encantados, em lendas urbanas e seres de outros planetas, também acreditamos que vamos chegar nesse lugar imaginário. Eu acreditei. E, de tanto Teodora, minha mulher, insistir, acabei comprando um terreno no litoral, onde construiríamos uma casa. “É nessa casa que vamos viver quando a gente se aposentar”, ela disse. “Mas e se a gente não chegar lá?”, perguntei. Teodora pensou um pouco e respondeu com outra pergunta: “E se a gente chegar?” Minha mulher, infelizmente, não chegou. Morreu antes. Bem antes. Teodora morreu com 32 anos, apenas dois meses depois de eu ter comprado o tal terreno no litoral. Foi um golpe e tanto. Um golpe do qual eu nunca consegui me recuperar totalmente. Casei outras três vezes e, entre um casamento desfeito e outro, em segredo, fui construindo a casa onde Teodora planejara viver quando a gente se aposentasse. Após anos de sacrifício para construí-la, a casa, enfim, ficou pronta, exatamente do jeito que Teodora queria. Ao percorrê-la, lembrei de sua crença no futuro: “E se a gente chegar?”, ela me rebateu. Eu cheguei; ela não. O futuro é mesmo um lugar que não existe. *Da série uma imagem, uma história.

O IDIOTA FELIZ!: Futuro

O IDIOTA FELIZ!: Futuro: O futuro é um lugar muito longe. Pior. É um lugar que nem existe e que a gente nem sabe se vai existir algum dia. Mas, da mesma forma qu...

Cazuza - O Tempo Não Pára Legendado H


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

DO CHICO BUARQUE

Problemas! Quem não os tem? Dor de cabeça, sapato apertado, amigo aloprado, quem não tem? Ganha um doce quem disser aquele que não tem uma lágrima insistente, vez em quando uma dor de dente, vontade de sumir de repente...quem não tem? Uma cutícula dolorida, uma inesperada dor de barriga...vez em quando medo da vida...quem não tem? As nossas dores são as dores do mundo... "A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá..." Aspas: Trechos da música Roda Viva, de Chico Buarque de Hollanda. (Perfeito)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

ONZE MANDAMENTOS DA MULHER INTELIGENTE

1- Manter todas as expectativas fundamentadas na realidade. 2- Nunca esquecer as suas prioridades ou o seu eu. 3- Não se dedicar a um homem mais do que ele se dedica a você. 4- Não esperar por um homem mais tempo do que ele espera por você. 5- Não passar mais tempo analisando os problemas de um homem do que você passa tentado compreender os seus. 6- Não transformar um homem mortal no próprio Deus. 7- Não cobiçar a vida de sua vizinha. 8- Julgar todos os homens pela consistência de suas ações, e não por suas palavras. 9- Não tolerar nenhuma forma de abuso. 10- Desenvolver seus próprios talentos, seu próprio potencial e sua própria independência. 11- Ser justa com os homens de sua vida e esperar justiça em troca.
Olha seu moço, eu ainda vou ser tão, mas tão feliz, que todo mundo vai olhar pra mim espantado e dizer: - olha ela tem estrelas no olhar!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

FIM

- Não mais domingos a dois, jantares em família, dúvidas no Natal, brigas pela tampa do vaso. Não mais cafés da manhã com cheiro de flor, pés quentinhos no inverno, suflê de brócolis com queijo. Não mais cd´s de rock and roll. Não mais carinhos, briguinhas e chamegos. Não mais armário lotado, sogra chata, cunhado poeta. Não mais. Não mais dúvidas sobre quem está errado ou certo, essa coisa de ser cético. Não mais carro com pneu furado, geladeira sem freezer ou óculos de camelô. Não mais hora do jantar, vinho tinto ou ambrosia fora do ponto. Não mais meias furadas, livros jogados no banheiro, cachorro , papagaio e gato. Não mais nós dois. Não mais amor.

EU SOU ASSIM

Li semana passada uma coisinha no Facebook que se encaixa perfeitamente à minha pessoa: “Eu converso sozinho, canto errado, dou risada dos meus tombos, faço palhaçadas, conto piadas sem graça e rio delas, brigo com objetos quando esbarro neles. Sim, eu sou doido e sou feliz”. Perfeito. A graça da vida é assim mesmo, aceitar nossas falhas e limitações, chutar o “barde” e ser feliz. Na dança da vida, já que temos que dançar mesmo, entre no salão e aproveite o momento. Dance errado, desengonçado e fora de ritmo, mas dance. A sabedoria está nisso: saber aproveitar o momento. O inesquecível Bob Marley também meditou sobre tudo isso, ao escrever: “Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele. Sou inconstante e talvez imprevisível. Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras. Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo. São poucas as pessoas pra quem eu me explico...” Raul Seixas poderia fazer contraponto, acrescentando: “Sou o que sou porque vivo da minha maneira... Você procurando respostas olhando pro espaço, e eu tão ocupado vivendo... eu não me pergunto, eu faço!” E para encerrar, 13 lições do mestre Gabriel García Márquez: 1. Gosto de você não por quem você é, mas por quem sou quando estou contigo. 2. Ninguém merece tuas lágrimas, e quem as merece não te fará chorar. 3. Só porque alguém não te ama como você quer, não significa que este alguém não te ame com todo o teu ser. 4. Um verdadeiro amigo é quem te pega pela mão e te toca o coração. 5. A pior forma de sentir falta de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca vai poder tê-lo. 6. Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estiver triste, porque nunca se sabe quem pode se apaixonar por teu sorriso. 7. Pode ser que você seja somente uma pessoa para o mundo, mas para uma pessoa você seja o mundo. 8. Não passe o tempo com alguém que não esteja disposto a passar o tempo contigo. 9. Quem sabe Deus queira que você conheça muita gente errada antes que conheças a pessoa certa, para que quando afinal conheça esta pessoa saibas estar agradecido. 10. Não chores porque já terminou, sorria porque aconteceu. 11. Sempre haverá gente que te machuque, assim que o que você tem que fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso em quem você confia duas vezes. 12. Converta-se em uma pessoa melhor e tenha certeza de saber quem você é antes de conhecer alguém e esperar que essa pessoa saiba quem você é. 13. Não se esforce tanto, as melhores coisas acontecem quando menos esperamos.

domingo, 27 de outubro de 2013

RECEBI DO LÚ... DESCONHEÇO O AUTOR

ESPERE PELO HOMEM... Que te beije na testa e desembarace os seus cabelos que ele mesmo embaraçou. Aquele que saiba diferenciar os momentos em que você quer que ele te puxe pelos cabelos, daqueles que você só deseja dormir nos braços dele e sentir-se protegida. Que saiba enxugar suas lagrimas e aguentar sua TPM, mas que não deixe você extrapolar em suas neuroses e inseguranças usando isso como desculpa. Que ria de suas bobagens e escute seus sonhos, mesmo que não tenha absolutamente nada a ver com os dele. Que te admire como ser humano. Que te faça sorrir quando tudo parecer insuportável e que queira te mostrar para todos mesmo quando você está desarrumada, suada e que te ache a mulher mais linda e interessante do mundo mesmo quando você esta sem nenhuma maquiagem ou recém acordou. Que faça um grande esforço pra te ver apenas 15 minutos e faça esse pouco tempo valer seu dia! Fikria lisonjeado se pudesse ter o privilégio de conhecer mais sobre vc

sábado, 26 de outubro de 2013

ESSA É DA EDUARDA... MIGUXAAA

Eu tenho uma amiga doida, outra que não bate muito bem, tem também aquela que falta um parafuso, tem aquela que vive reclamando, tem aquela que não para de sorrir, tem aquela que já é mãe e tem aquela que adora uma bagunça. Tem também a sonhadora e a pé no chão, tem aquela que adora um barraco e tem também uma que quer virar um avestruz. Tem a tímida e a devassa. Porém, todas elas fazem parte do meu mundo. Mexeu com elas, mexeu comigo! Estava me esquecendo tenho uma que para conversar com ela temos que olhar pro teto

SÓ PARA REFLETIR

Viver nada mais é que preencher o tempo fazendo coisas. Qualquer coisa: . fritar um ovo. . pintar as unhas. . coçar o saco. . andar de bicicleta. . acumular louças sobre a pia. Comezinho demais? Sim, com certeza. Mas viver é assim mesmo: irritantemente trivial. (IDIOTA FELIZ)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Mário Quintana

“A vida fica muito mais fácil se a gente sabe onde estão os beijos de que precisamos” – Mário Quintana

INTENSA

Sou intensa e não conheço o significado da paz. Para mim ela é um barco no meio do oceano sem vento que não vai para canto nenhum. Eu preciso que as coisas aconteçam. Ter paz deve ser muito chato.

SOLITÁRIOS

Solitários quase sempre buscam companhia em bancos vazios, planejam amores nas sufocadas vozes em longos telefonemas fora de alcance e morrem nadando em mares de tantos peixes. Todo solitário é masoquista. Castigam sua dor fazendo reverência a reis depostos, inflam balões para festas que nunca serão convidados e invejam camas onde nunca irão desabar cansados do êxtase que não houve. Solitário é sempre vítima de abandono. Autoflagelado que chora egoísta por uma visita, uma mão que o contorne em traços, um abraço convulso de paixão. Solitário é sempre o cão banido de casa. Um espetáculo de pessoa que desmorona em autopiedade frente ao espelho, chora na quina do quarto e sorri quando amanhece e veste a máscara da espera por outro dia que começa e por alguém que talvez interrompa seu estado mórbido de sofrimento. Todo solitário é mais humano.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

DETALHES

Minha vidinha está sem poesia... huummmm ... e aí... certa pessoa diz que o laço do seu tênis está desfeito e ele quer fazer outro laço... Isso significa alguma coisa? Eu preciso entender essas coisinhas ... talvez detalhes tão pequenos

Frejat - Segredos

terça-feira, 24 de setembro de 2013

SOLITÁRIOS

Solitários quase sempre buscam companhia em bancos vazios, planejam amores nas sufocadas vozes em longos telefonemas fora de alcance e morrem nadando em mares de tantos peixes. Todo solitário é masoquista. Castigam sua dor fazendo reverência a reis depostos, inflam balões para festas que nunca serão convidados e invejam camas onde nunca irão desabar cansados do êxtase que não houve. Solitário é sempre vítima de abandono. Autoflagelado que chora egoísta por uma visita, uma mão que o contorne em traços, um abraço convulso de paixão. Solitário é sempre o cão banido de casa. Um espetáculo de pessoa que desmorona em autopiedade frente ao espelho, chora na quina do quarto e sorri quando amanhece e veste a máscara da espera por outro dia que começa e por alguém que talvez interrompa seu estado mórbido de sofrimento. Todo solitário é mais humano.(desconheço o autor)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

É foda, mas é assim mesmo. Um dia você cresce e se torna adulto. E ser adulto é das coisas mais chatas do mundo. Ser adulto é ser responsável, ter que fazer aquilo que não gosta, pagar contas, assumir compromissos, viver dentro de aborrecidas regras sociais. Não pode isso, não pode aquilo. “Ei, você não é mais criança pra ficar agindo como tal!”. Ser adulto é perder a ingenuidade, a espontaneidade, o atrevimento de dar um beliscão no outro simplesmente porque não foi com a cara do outro. Ser adulto é isso: aprender a se comportar de acordo. Em outras palavras: fingir, dissimular, representar seu “papel social”. Aí o jeito é esperar a velhice para voltar a ser criança. Só os velhos e as crianças podem falar o que pensam – doa a quem doer. Mas se ser adulto é chato, mais chato ainda é adulto que se comporta como criança mimada, dando showzinho para chamar atenção e para que suas vontades e caprichos e resmungos sejam atendidos. Olha, chilique de adulto não dá! Adulto que vive fazendo biquinho para ser paparicado merece escorregar numa casca de banana e cair de bunda no chão para que aprenda logo que o universo não gira ao seu redor e que as pessoas não estão à sua disposição. Precisa de colo? Pode contar comigo. Só não pense que vim ao mundo apenas para lhe servir.

O IDIOTA FELIZ!: Chilique de adulto não dá!

O IDIOTA FELIZ!: Chilique de adulto não dá!: É foda, mas é assim mesmo. Um dia você cresce e se torna adulto. E ser adulto é das coisas mais chatas do mundo. Ser...

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

CAIO FERNANDO ABREU

Te escrevo num insuportável humor fútil, ao som de Jane Birkin, num samedi après midi com um sol inesperado e belo, belo. Hesitei entre fazer algo tipo sentar no Luxembourg e ler ou – eternamente Isaura – lavar roupa. Escolhi a segunda hipótese, sou do signo de Virgem, e só de lembrar me dá vertigem” Caio Fernando Abreu, em carta enviada de Paris, em 26 de março de 1994, para Paula Dip

domingo, 4 de agosto de 2013

Falta sempre alguma coisa e não é privilégio meu, eu sei. A vida é assim, já dizia Guimarães Rosa: esquenta, esfria, aperta, depois afrouxa... Mas apesar de saber disso, eu ando me sentindo meio frustrada. Uma decepção tipo garoa fina de verão, que incomoda mas que não dá vontade de tirar o guarda-chuva da bolsa e carregar. E não é tristeza de amor, não, obrigado. É minha trajetória profissional que anda malograda. E meu entrosamento familiar. Sinto-me deslocada, fora de lugar e tempo. Meus dias tem sido todos feito segundas-feiras cinzentas. Levanto, me visto, como, trabalho no automático. Vontade nula. Ânimo zero. O resto são discussões bobas com meus pais, corridas no parque e cama. Por sorte sobra um restinho de carinho das amigas, que me serve de consolo. Os risos lacrimejantes e o desânimo a três- estranho ménage à trois- que livram do tédio completo. Eu reclamo sempre, vocês sabem. Mas não sou das que esperam que algo- além da chuva - caia do céu. Tenho a cara e a coragem dos que, quando inconformados, saltam o risco de giz e vão à luta. Tenho pânico daquelas pessoas que passam a vida lamentando tudo: família, amigos, trabalho, falta de tempo, até a solidão dos nativos mãoris lá na Nova Zelândia... Caramba! Se há tanta insatisfação, porque não fazem algo para mudar? Nunca fui do tipo que espera que as coisas aconteçam. Sou das que faz as coisas acontecerem. Tenho a coragem de arriscar, de sonhar e de lutar para mim um futuro digno. Acontece que ando sem rumo, me sentindo uma barata tonta sem saber exatamente o que fazer da vida. Sempre tive muito claro o que queria para mim. Vocês que me leem há anos, sabem. Traço metas e as cumpro. Quando desisto, é porque já não tem mais importância na minha vida. Mas se tem, eu vou lá e meto a cara. E agora, sobretudo, no último mês, tenho me perguntado: quais são suas projeções, Michele? Quais seus planos? O que você quer para você? E não encontro respostas... Estou sem planos. Sem perspectiva. Sem esperanças. Isso me faz morrer por dentro. Pensando a respeito, não acho este sentimento mau, de todo. Talvez seja tempo de renovar os sonhos. Quem sabe, seja só questão de mudar meu ponto de vista... Às vezes, por questão de uma letrinha à toa, o ato, vira fato, o dolorido ganha cores- colorido. Acho que é isso. Seja como for, eu só quero sair deste marasmo. Eu detesto rotina. Detesto me repetir. Eu quero situações novas. Sensações novas. Uma vida novinha- em branco- para que eu desenhe nela o trabalho, a moradia e o amor que quero para mim. Talvez estas coisas estejam bem no meu nariz, delineadas em letras garrafais na porta da frente: SAÍDA. Às vezes é assim: a solução está onde menos esperamos.

MAIS INSANIDADES

Ruídos, vozes humanas, zumbidos, apitos, buzinas, letreiros faiscantes, carros de propaganda : que tontura me dão! A mim, bastam meus formigueiros interiores, que já são inquietos o bastante. Às vezes eu me esqueço de olhar em volta. No entanto, há momentos em que eu desligo o áudio da vida. É bom ouvir o silêncio. Viver tão só de imagens. (Ou seriam cenas?) O cachorro, com a pulga atrás da orelha. Os velhinhos que matam o tempo para que o tempo não lhes tire violentamente a vida. Os ônibus, com suas cores excêntricas e cítricas. (Isso foi o que pensei. Na acidez da laranja e do limão. Que mau gosto de quem escolheu!) O passarinho, que gradualmente me vai roubando a inércia com seu canto despreocupado. E as mãos que me chamam a atenção... Lembrei do "velho Alvaro" do Érico Veríssimo e pensei "é bom a gente não ter vergonha. Todo o mundo é nosso."

sábado, 3 de agosto de 2013

SEM SABER

Ainda não entendi por que é que toda vez que alguém recita a famosa frase "Só sei que nada sei" a pessoa o faz com displicência, sorrindo, como se estivesse fechando com chave de ouro alguma discussão que andava em círculos. Como se com isso tomasse as rédeas da razão e não pudesse mais ser questionado. Pois eu o questiono. Poucas coisas são tão dolorosas do que o achincalhe das nossas certezas. "É assim que se evolui" - concordo! Mas machuca! Não dá para rir. Eu não consigo. Toda vez que concluo que "nada sei" eu o faço com a resignação de quem se auto flagela. A menos que o sujeito nunca tenha sido afeiçoado ao ato de pensar e não passe de um "retuitador" cego, ele vai sofrer a dor do crescimento. Não admiro gente rala. É muito fácil pisar no que os outros construíram e sorrir dos desmoronamentos mas experimente construir seu próprio castelo, conclusão por conclusão, e depois descobrir que nada daquilo merece um alvará. Descobrir que seu saquinho de certezas sempre esteve furado é duro. Constatar que as decisões tomadas eram, muitas das vezes, amparadas por pressupostos podres e se alguma coisa deu certo você já está no lucro... Quem proclama "nada sei" sem a gravidade que a frase merece, é um bobão. Deveria pelo menos levar uma cachuleta pra acordar pra vida. A postura que se espera depois da constatação é a testa franzida e uns segundinhos de silêncio logo após a grave proclamação. Somos assim: temos a mania de aguar tudo. Qualquer grande verdade só continua sendo grande enquanto é contestada. Nesse ponto o pessoal "do contra" presta relevante serviço à vida. Porque depois que um conceito é totalmente aceito a macacada o repete sem parar com aquela boca mole até que ele desbote e perca o vinco. Algumas frases deveriam permanecer guardadas dentro de um recipiente de vidro e, ao lado, um martelinho e uma placa: "só quebre em situações relevantes.". Só assim para levarmos as coisas mais à sério. Ah você quer uns exemplos de frases que deveriam ficar no vidro? "Mãe só tem uma", "Tudo passa", "Só sei que nada sei", "A vida é curta"... E por aí vai. Se você tiver mais algumas sugestões, pode dizer nos comentários mas não esqueça: cenho franzido e ar grave, porque aqui é tudo muito sério. ( CRISTINA FARAON)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

ABSTRAÇÃO

. Não é falta de saudade, é desapego. Não é falta de amor, é a certeza do tempo esgotado. Não é falta de interesse, é uma profunda ocupação com a minha própria vida. Não é mágoa, é indiferença. Não é exagero, é escolha. Marla de Queiroz

domingo, 21 de julho de 2013

LIEV TOLSTÓI

-- Sentiu-se inteiro em si mesmo e não queria ser outra pessoa. Agora, só queria ser melhor do que fora antes (…) e, em consequência, não menosprezaria tanto o seu presente – Liev Tolstói, em Anna Kariênina.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

SINAL FECHADO

Composição: Paulinho da Viola Olá, como vai ? Eu vou indo e você, tudo bem ? Tudo bem eu vou indo correndo Pegar meu lugar no futuro, e você ? Tudo bem, eu vou indo em busca De um sono tranquilo, quem sabe ... Quanto tempo... pois é... Quanto tempo... Me perdoe a pressa É a alma dos nossos negócios Oh! Não tem de quê Eu também só ando a cem Quando é que você telefona ? Precisamos nos ver por aí Pra semana, prometo talvez nos vejamos Quem sabe ? Quanto tempo... pois é... (pois é... quanto tempo...) Tanta coisa que eu tinha a dizer Mas eu sumi na poeira das ruas Eu também tenho algo a dizer Mas me foge a lembrança Por favor, telefone, eu preciso Beber alguma coisa, rapidamente Pra semana O sinal ... Eu espero você Vai abrir... Por favor, não esqueça, Adeus...

Paulinho da Viola - Sinal Fechado (Acústico MTV)

quarta-feira, 17 de julho de 2013

IDIOTA FELIZ

E se você fosse a uma festa à fantasia fantasiado de você mesmo? Assim, do jeitinho que você é. Todos, claro, iriam repreendê-lo. Até o moço fantasiado de espiga de milho olharia feio para você. As pessoas sempre esperam algo de você, algo que satisfaça as expectativas delas. Em uma festa à fantasia, ir sem fantasia seria como contrariá-las, desobedecendo à ordem estabelecida – e as pessoas não gostam de quem é desobediente, foge à regra, fala o que pensa, vive de acordo com as próprias convicções. As pessoas preferem se fantasiar de outra coisa – até de espiga de milho! – e esperam que você faça o mesmo, omitindo opiniões polêmicas, evitando atitudes “inconvenientes”, escondendo-se sob máscaras sociais “para uma melhor convivência entre todos”. Bêbados, por exemplo, incomodam, porque bêbados costumam pensar em voz alta, o que provoca uma ruptura no sistema medroso de comportamentos “adequados”. Nelson Rodrigues escreveu que “o ser humano é o único que se falsifica e, ao mesmo tempo, falsifica o mundo”. É verdade. Falsificamos DVDs, bolsas de grife, relógios e até medicamentos. Mas não só. Falsificamos também mercadorias mais nobres, como os nossos sentimentos e pensamentos e ideias e preferências e gostos e vontades. Não é de hoje que agimos assim. A falsificação e a mentira sempre existiram. Hoje, porém, a coisa parece mais disseminada. Estamos mais expostos e somos mais patrulhados, e para não pagar de démodé, estraga-prazer, "por fora", obedecemos às exigências da moda sem questionar se cabemos nesse vestido. Daí, privados de sermos nós mesmos, nos entupimos de antidepressivos para interpretar esse outro personagem que inventamos para sobreviver neste mundo onde quem demonstra alguma autenticidade é mandado para o sanatório mais próximo. Somos cenográficos. Somos espigas de milho nessa patética festa à fantasia que é a vida.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

VENDENDO DEUS

Queria entender uma coisa: se deus é esse sujeito onisciente, onipresente, todo poderoso que falam por aí, capaz de atender às orações de toda gente, por que as pessoas precisam comprar ingresso para ter acesso a ele? Vendendo deus à patuleia, comercializando a fé por 1,99, Edir Macedo acumulou fortuna de US$ 1,1 bilhão. O cara é o 41o homem mais rico do Brasil – e nem mora no Brasil. Tem endereço no exterior. É dono de uma emissora de TV (a segunda maior do país) e, de acordo com o UOL, dono também de 49% de um banco do Rio Grande do Sul. A compra aconteceu há 4 anos, mas só agora a presidente Dilma liberou a negociação. Liberou? Isso significa que Dilma podia ter vetado a compra? Se podia, por que não vetou? Não vetou porque quer se reeleger em 2014 e está de olho gordo no voto dos evangélicos (42,3 milhões de brasileiros, segundo o IBGE). Não vetou porque virou refém da cambada evangélica do Congresso. Não vetou assim como não se pronunciou sobre o absurdo projeto evangélico de “cura gay” que felizmente acabou arquivado. Vendendo deus a preço de banana, pastores espertalhões cada vez mais aumentam o seu poder. E se já contam com a bênção até da presidente do país para fazer o que bem entendem (até comprar um banco), não quero estar aqui quando o Brasil virar um grande terreno baldio dedicado a Jesus, onde ninguém poderá falar palavrão, trepar, ouvir Marilyn Manson ou mascar chicletes. A primeira educação brasileira foi a educação dos jesuítas. E essa educação tinha como lema a obediência: “O máximo da educação consiste em fazer com que alguém lhe obedeça como um cadáver sem vontade própria, para maior glória de Deus”. Quase 500 anos depois, seguimos quase esse mesmo modelo de educação. Já escrevi aqui: onde não há escolas, há templos. Ou seja, enquanto o Brasil não fizer uma grande revolução na educação, os mercadores da fé vão seguir aumentando o seu rebanho de “obedientes” e o seu poder de comando. "Anjos e arcanjos não pousam neste Édem infernal". religião por Marcos Guinoza

sábado, 6 de julho de 2013

UMA MUTAÇÃO

Minha Realidade é feita de muitas coisas: um trabalho massacrante e desafiador. Meio que "Bombeiro" (...) vou apagando incendios, quase que reais. Ás vezes eu me sinto Feliz. Uma felicidade que vem do Silêncio...dos olhares e gestos cotidianos. Ás vezes percebo que estou no meio de minha felicidade: Um homem existiu em minha vida. Eu experimentava outro ser humano. Ele me experimentava.Uma curta história de amor, que se parece com tantas outras. Durou alguns anos. SÓ POSSO FALAR DA TRISTEZA E DA FALTA QUE ELE ME FAZ. Me sinto profundamente só... Penso que a minha alma não tema a menor chance de salvação... E eu me obrigo a rir aos prantos. Durou vários anos. Depois de viver com ele durante alguns anos, comecei a observa-lo.Ficava em silencio e, sentada, observava. Ele não existia apenas em relação a mim.Quanto mais ele se afastava, mais eu o entendia.Como se a distancia me desse maior lucidez. Meu medo diminuiu e a solidão mais fácil de suportar , quando eu via a insegurança dele. A adoração desapareceu. Notei seu cabelo grisalho;ele era muito mais velho, era sábio e estimulante: vaidoso e egoista. E descobri, com surpresa, que isso era amor. Com tristeza percebi que tudo logo terminaria... E quando terminou, tive a esperança de que ele não ficasse sozinho. Que uma nova mulher tomasse conta dele melhor do que eu. Algo tinha se esmagado dentro de mim. Estou passando por uma MUTAÇÃO. Vi o interior de uma pessoa, e estou cheia de ternura pelo que descobri. Durante um período pegamos nas mãos um do outro e permanecemos dolorosamente unidos. Quando a tempestade passar...seremos verdadeiramente amigos. texto de elza rocha .

terça-feira, 2 de julho de 2013

MODINHA DOS PROTESTOS

Quase fui pego pela “modinha” dos protestos. Quase fui para a rua pintado de verde-e-amarelo fingir que eu me importo. Mas escapei do vexame patriótico no último minuto devido a um mal-jeito terrível nas costas. Na verdade, eu não me importo, não me ufano, não estou nem aí para o Brasil. Sou alheio, alienado, apolítico, pobre de espírito, velho demais para caminhar quilômetros em passeatas. Meu voto é nulo. Ninguém me representa. Vivo na mediocridade, à margem dos grandes acontecimentos, sem conseguir me envolver com nada. Mas, se tivesse que escolher um lado, acho que escolheria os Vândalos, os Baderneiros, aqueles que têm muita raiva no coração. Sei lá, acho-os mais autênticos do que a menina fofa da cartolina. Não pense que me orgulho de ser assim. Não. Sinto tremendo vazio por ser incapaz de me apegar, de me engajar, de me apaixonar por uma causa qualquer. Juro, queria ter o mesmo sentimento de revolta de quem vai às ruas quebrar vidraças, derrubar muros. Acho bonito quem se encanta: por alguém, por um sonho, por uma bandeira. Eu, sem ideologia nenhuma, não busco utopias, mudanças, transformações, rupturas. Vivo à esmo, um dia de cada vez, como o “sujeito chato” da canção Ouro de Tolo, do Raul Seixas. Aquele “que não acha nada engraçado: macaco, praia, carro, jornal, tobogã”, olha-se no espelho e se sente um “grandissíssimo idiota”. Não é legal assumir isso. Mas como já assumi tantas fraquezas e decepções e desinteresses e babaquices, sigo afundado em minha letargia existencial sem me importar com o que os outros pensam de mim. A quem quer mudar o Brasil, força e sorte. A mim, que vim ao mundo sem entusiasmo, resta-me ficar sentado "no trono de um apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar" Ih, acho que a depressão volta a me espreitar.. Marcos Guinoza

quarta-feira, 26 de junho de 2013

SEM ALGEMAS: a moça do sonho: Sou... somos!

SEM ALGEMAS: a moça do sonho: Sou... somos!: a moça do sonho: Sou... somos! : Sou doida de atar num poste e doida de não querer deixar de ser... você me entende? A loucura é válvula d...

(Flaubert, in Madame Bovary)

"Talvez tivesse desejado confiar todas aquelas coisas a alguém. Mas como contar um mal-estar inacessível, que muda de aspecto como as nuvens, que redemoinha como o vento? Faltavam-lhe as palavras, a ocasião e a ousadia." (Flaubert, in Madame Bovary)

terça-feira, 25 de junho de 2013

BOBA EU

Sei que sou muito comum. Comum feito gente que come maçã. Gente que anda a pé, que odeia domingo, que sente depressão, que mata barata, que lê jornal, que assiste televisão, que paga conta, que deixa cair xícara, que ri dos outros, que não vai à missa, que sente vergonha, que usa roupa do avesso, que não gosta de aniversário de criança, que gosta de laranja.BOBA EU ...fico doente, não vejo tristeza na miséria, eu guardo garrafa de vinho. Eu queria guardar rancor. Queria caminhar pelo centro da cidade, visitar amigo durante o dia, cuspir no chão, brigar no trânsito, achar que poesia é bobagem e, livros, simples pesos de papel. Queria não sentir rubor. Eu só queria seguir a regra. Ser gente feita de perfeita. E, se possível, saber exatamente o que sou.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

como seduzir um bicho do mato (Recebi do GILBERTO de Cuiabá)

Fale para mim do sereno que molha... A rosa e, Do sol dourado que aquece O chão. Fazendo a semente germinar. Fale das coisas simples, Com palavras simples! Do cheiro de café passado, Que se esparrama pelo ar. Do bom dedo de prosa Ao entardecer. Do grito das crianças correndo Atrás do brinquedo. Fale dessas coisas, Sem medo. Coisas que entendo e amo. Da chuva que lava o rosto, Da brisa que me acaricia, Do aroma da comida feita Em fogão de lenha, Da toada plangente da viola, Cantando quimeras. Do canto do sabiá me fale, Da pomba que arrulha, Do murmúrio do riacho, Deslizando entre as pedras, Ajude-me a piscar para as estrelas, A namorar a lua me ajude. Ouça comigo o uivo lastimoso das raposinhas namorando nos campos. Tome comigo banhos De lua, de sol E cachoeiras!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ande pelada comigo, sem se importar . . Aprecie o frescor da sombra. E me toque com sua mão de seda, os meus cabelos e aqueça a minha nuca com seu hálito. Sei dos aromas da mata, da conversa do vento. No capinzal. Também sei dos gemidos das árvores em meio à tempestade. E quando as formigas se enfileiram ordenadamente ou Quando teus olhos ficam compridos, pidões Carregados de desejo, Também sei o que se passa. Não sei de champanhes ou vinhos Mas sei onde mora o doce mel da jati. Por isso, se assim o queres, E seduzir-me é o que desejas, Fale-me das coisas que sei, Encantando-me fale-me Das coisas que amo, Principalmente De você.

a moça do sonho: Sou... somos!

a moça do sonho: Sou... somos!: Sou doida de atar num poste e doida de não querer deixar de ser... você me entende? A loucura é válvula de escape em forma de prosa n...

domingo, 16 de junho de 2013

RUBEM ALVES

O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: “Se eu fosse você”. A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção. __________ Rubem Alves

Barão Vermelho - O Poeta Está Vivo

ME EMOCIONOU.... ENTERNECEU

Baby, compra o jornal E vem ver o sol Ele continua a brilhar Apesar de tanta barbaridade... Baby escuta o galo cantar A aurora dos nossos tempos Não é hora de chorar Amanheceu o pensamento... O poeta está vivo Com seus moinhos de vento A impulsionar A grande roda da história... Mas quem tem coragem de ouvir Amanheceu o pensamento Que vai mudar o mundo Com seus moinhos de vento...(...) Todo mundo é parecido Quando sente dor Mas nú e só ao meio dia Só quem está pronto pro amor... O poeta não morreu Foi ao inferno e voltou Conheceu os jardins do Éden E nos contou... (O poeta está vivo - Barão Vermelho)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

RUBEM ALVES

O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro – Rubem Alves

quinta-feira, 13 de junho de 2013

DIA DOS NAMORADOS?

Não há muito o que escrever sobre o Dia dos Namorados e estou desconfiada de que não há muito a dizer sobre praticamente mais nada nessa vida. Sei lá, hoje é assim. Amanhã.... quem sabe? Às vezes paira um tédio no ar. Você não sente? Nada de mais. O tédio faz parte da natureza de todas as coisas. É como nossa sombra: não se assuste ou se irrite com ela. Pra quê constatar alguma coisa? Nada mudará de lugar: estará lá se você quiser voltar depois. Tomara que você tenha mais o que fazer. . Está escrito: "tudo o que é, já foi, e o que há de ser também já foi, de maneira que não existe novidade alguma debaixo do sol." Pelo nosso caminho há espelhos espalhados e eles nos remetem ao passado. Tudo o que podemos fazer - e de fato estamos fazendo - é virar rapidamente o rosto e seguirmos em frente. Às vezes adianta, às vezes não. --

terça-feira, 11 de junho de 2013

SAÍ PRÁ LÁ...HOMEM MARAVILHOSO...

Não sei vocês, mas em minha vida de internauta de vez em quando topo com umas mensagens edificantes que me enchem a paciência. Esses dias foi a vez da história de um homem patologicamente feliz. Acontecesse o que acontecesse ele achava tudo lindo. Furúnculo no traseiro, unha encravada, chifre, sogra em casa, tijolada no carro, CD arranhado, computador com vírus, mulher frígida, filho perdulário, chefe torturador, cantada de viado, goteira, cárie, nada o abalava. Ele estava sempre lá, rente que nem pão quente, dizendo que tava tudo cem por cento. Ele era de teflon, a ira não grudava. Por quê cargas d'água alguém imagina que ao descrever esse ser "végeto-humano" eu iria ser incentivada a me tornar uma pessoa melhor? Pois quem pensou isso errou feio, porque comigo o efeito foi contrário. Imagine você conhecer uma pessoa com o pé na desgraça, aí você se aproxima cheio de dó querendo ser útil e o sujeito só sabe dizer que está tudo bem e que "se melhorar, estraga". Pois então te lasca, filho da mãe! O alegado segredo dessa estranha forma de vida seria o seguinte: quando ele acordava, respirava fundo. Antes de escolher a cueca ou o sapato, ele escolhia ... ser feliz! Só isso. Dá pra aguentar um texto desses? Será que alguém pode acreditar que uma pessoa dessa é normal? Será que é possível acreditar alguém possa ter inveja dessa estranha criatura? Pois fique você sabendo que eu me alegro pela minha capacidade de sentir e de reagir aos fatos da vida. Doeu? Eu choro. Machucou? Eu grito. Fez cócegas? Eu rio. Pisar na bola? Eu piso. Depois me arrependo. Minha capacidade de ficar furiosa não me tira a humanidade, pelo contrário: a reafirma. Por outro lado a incapacidade de sentir a vida como ela é pode nos anestesiar para todo o resto. Tipo: "Se eu consigo ser feliz até com um prego no pé, você tem mais é que deixar de ser frouxo e se virar." Sinceramente, uma pessoa que não consegue guardar os dentes dentro da própria boca não me causa admiração, causa é desconfiança. E se eu estiver com ele sozinha em um lugar deserto? Sei lá, vai que ele me chupa o sangue! E o texto edificante ainda dizia que aquela era uma pessoa que a gente gostaria muito de conhecer. Eu não. Eu gosto de gente bem humorada, feliz e otimista, mas ET zen não é muito a minha praia. Sai pra lá.

domingo, 9 de junho de 2013

O AMOR COMEU...

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome. O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos. O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina. O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos. Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina. O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água. O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome. O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel. O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso. O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala. O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte. . “Os Três Mal-Amados”, do livro “João Cabral de Melo Neto - Obras Completas”, Ed. Nova Aguilar S.A. - Rio de Janeiro, 1994, pág.59.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

RECEBI DO LÚ

E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar... Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las. Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução. Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis. Decidi ver cada noite como um mistério a resolver. Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz. Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar. Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido. Deixei de me importar com quem ganha ou perde. Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer. Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir. Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de "amigo". Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, "o amor é uma filosofia de vida". Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente. Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais. Naquele dia, decidi trocar tantas coisas... Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade. E desde aquele dia já não durmo para descansar... simplesmente durmo para sonhar."
“Ela em geral se dava muitos bons conselhos (embora raramente os seguisse), e às vezes se ralhava tão severamente que os olhos ficavam cheios de lágrimas.” Lewis Cazzol – Alice no País das Maravilhas.

terça-feira, 4 de junho de 2013

PÁRA UM POUCO

Pára um pouco, sem nada para fazer. E veja o medo que temos de não estar respondendo alguma coisa, alguma ordem, alguma urgência. Pára um pouco, o mundo não vai nos demitir. A família não vai nos demitir. Os amigos não vão nos demitir. Só perderemos o que não somos. O medo de ser esquecido nos afasta da própria solidão. Transformamos tudo em urgência. Então, não há mais urgência. Há a imperiosa aparência de se manter ocupado e ativo. Ocupado é reagir cada vez mais rápido no trabalho, no amor, no repertório prosaico. Reagimos, não ponderando se é realmente uma opção, ou apenas uma seqüência. Desvalorizamos as escolhas ao igualá-las. Não encontrava o carnê do IPTU previsto para pagar na terça. Sofro de azia com a mais remota inadimplência. O purgatório não morreu nos meus intestinos. Nem os juros me aquietam. A paranóia de ser cobrado e perder de repente a fama de honesto (só aqui mesmo a honestidade é fama, não hábito). Limpei as gavetas do armário. A primeira e a segunda, explorei as reentrâncias de minhas bolsas, os bolsos dos casacos, empreendi uma faxina na dispensa, convoquei a mulher a mexer em suas coisas, meu deus, já não importava achar a maldita prestação, eu amaldiçoava o tempo que estava perdendo ao procurá-la. Foram três horas e os nervos remoídos: deixei de ler livros, de escrever, de assistir filmes, de passear. Eu me cobrava – de um jeito patético – por não aproveitar meu domingo. Com dois dias de folga, recriminava-me ao desperdiçar parte deles durante a caça de um folheto horrível branco e preto quadriculado. Olha o ponto em que cheguei? Criei uma oração para diminuir a ansiedade: Que bom que faço algo que não será lembrado. As árvores ainda existem quando não estão florescendo. Amém. Lembrei de meu avô e sua religião de permanecer meio-turno na garagem aplainado madeiras. Não buscava o reconhecimento pelo material de sua carpintaria, nem se preocupava com exposições. Quando gostava, colocava anonimamente um dos objetos na estante. Nunca assinou as peças. Ele sempre se atrasava para jantar, aparecia na terceira chamada, sentava e saía de novo para lavar as mãos. Ele perdia seu tempo? Ou de minha avó com seu tricô no sofá. Uma malha que daria para um dos netos, enovelada por meses em suas unhas de cera, com o rigor das basculantes se fechando a cada entardecer. Ela perdia seu tempo? Duvido, ele pensavam seu tempo. Ainda sentia dó deles, confundia aquilo com tristeza e abandono. De onde eu tirava esse pensamento? Eles sofriam de solidão porque desfrutavam de solidão para sofrer. A solidão é admirável. A solidão é o caráter do homem. A solidão é a sua fidelidade ao corpo. Continuarei revirando meus papéis, até entender, depois da raiva, depois da minha limitação, que a quinta parcela do IPTU me devolveu o direito de estar em casa. Não sei se você pensa igual, mas hoje tenho tempo a perder.(Fabricia Carpinejar))

segunda-feira, 3 de junho de 2013

COMETA BOBAGENS

Cometa bobagens. Não compre manual para criar os filhos, para prender o gozo, para despistar os fantasmas. Não existe manual que ensine a cometer bobagens. Não seja séria; a seriedade é duvidosa; seja alegre; a alegria é interrogativa. Quem ri não devolve o ar que respira. Não atravesse o corpo na faixa de segurança. Grite para o vizinho que você não suporta mais não ser incomodada. Use roupas com alguma lembrança. Use a memória das roupas mais do que as próprias roupas. Desista da agenda, dos papéis amarelos, de qualquer informação que não seja um bilhete de trem. Procure falar o que não vem à cabeça, cantarolar uma música ainda sem letra. Deixe varrerem seus pés, case sem namorar, namore sem casar. Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar. Leve uma árvore para passear. Chore nos filmes babacas, durma nos filmes sérios. Não espere as segundas intenções para chegar às primeiras. Não diga "eu sei, eu sei", quando ainda nem ouviu direito. Almoce sozinha para sentir saudades do que não foi servido em sua vida. Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você. Transforme o sapato em um barco, ponha-o na água com a sua foto dentro. Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo. Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar. Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples. Conte uma piada sem rir antes. Não chore para chantagear. Cometa bobagens. Ninguém se lembra do que foi normal. Que suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade. (Fabrício Carpinejar

VENHA..

Venha, me conte histórias. Comova-me com suas vergonhas mais bobas, revele-me segredos incontáveis. Faça-me participar das suas fotografias, das suas sobremesas, da sua morte. Navegue-me pelos seus pânicos, abra a cortina das memórias inventadas, não negue nada. Acima de tudo, não negue nada. Mude-me para sua casa, pendure-me junto com as chaves. Esqueça-me. Distraia-me com suas amantes imaginárias. Convide-me à sua solidão. Leve-me ao batizado dos seus fantasmas. Elogie-me para desconhecidos. Apresente-me seus piores parentes. Comente os versos de que você gosta, um por um. Faça-me sentir o arrepio dos espelhos. Não desista, não desista. Deixe-me nervosa, engolindo pensamentos e mastigando sílabas. Faça-me corar e sentir raiva de vermelhos. Perca-me pela vida. Acenda velas para mim na sua encruzilhada favorita. Reze por mim. Pegue minha tristeza no colo, tenha pena de mim. Afague-me, acarinhe-me, me dê ombro e sofá. Dê chá e goiabinhas piraquê, cigarros e contos de fada. Lamba minhas lágrimas. Empreste-me seus olhos. Diga que tenho boca de se perder e olhos de se achar. Enfeitice-me. Invada meus pensamentos nas salas de espera; ria de mim, nunca em sustenidos. Me faça acordar no meio do dia para viver poesia de encontros. Me deixe boba e molenga. Deite-me e cale-me. Faça-me sentir seu peso sobre mim. Esmague-me e invada-me. Me faça gozar à força. Apresente-me o vácuo. (fabrício Carpinejar)

sábado, 1 de junho de 2013

meu coração revirado

Ai meu coração revirado!!! A vida é urgente. Música, por gentileza.Uma canção para salvar esse coração... encharcado? Chocolate, coca-cola, por misericórdia! Algum açucar nesse sangue tão absoluto de ser.. Pois, que... são pesados este corações internos.

DESEJOS

- Traga-me o mar e as rendas das canoas. Traga-me o chá de ervas que colore as mãos depois do abraço. Traga-me os ombros na véspera do sol. Traga-me a cabeleira de astros e a lareira de grilos. Traga-me a glória do limo e os degraus dentro da estante. Traga-me um rosto surpreso e o gancho da porta para pôr o casaco. Traga-me um pensamento que não foi sentimento. Traga-me o visco mais duro, o céu inconformado, o verde aposentado. Traga-me teu sotaque de praia, teu dialeto de inverno. Traga-me tuas notícias sem jornal, a ambulância da brisa. Traga-me os insetos em frascos e a boca aberta de espanto. Traga-me o ritmo das cartas sendo embaralhadas. Traga-me teu álbum de fotos e as figurinhas repetidas para trocar. Traga-me a conversa de corredor, a porta observada. Traga-me o filho no colo, a carícia dos ouvidos. Traga-me as frutas do pé e a horta do fim da casa. Traga-me as jóias falsas para as pedras disputarem corrida no piso. Traga-me a caridade ainda não descontada, a insatisfação aumentando. Traga-me os milagres que não aconteceram, a garrafa de água. Traga-me a renúncia, as gramíneas em caixotes, a colher do violão. Traga-me o medo da escada em caracol, as tampas de vidro dos perfumes. Traga-me teu nome do meio, a escritura do pessegueiro. Traga-me o cheiro da cidade natal, o estojo de linha e agulha. Traga-me o sótão de teus livros, a letra mais arisca. Traga-me teus problemas incomunicáveis. Traga-me a indulgência infantil ao açúcar. Traga-me o animal de estimação de seus cinco anos e sua desaparição repentina. Traga-me o perdão ao teu pai e à mãe, o pomar das gavetas. Traga-me a manhã depois de ter amado à noite. Traga-me a noite depois de ter odiado à tarde. Traga-me areia fora da ampulheta, o resto de música que fica no copo. Traga-me tua risada, a loucura, o palavrão. Traga-me alguma senha esquecida, algum pente esquecido na bolsa. Traga-me a aparência de quem não chegou a tempo. Traga-me a Bíblia marcada com fita de cabelo. Traga-me os mistérios gozosos. Traga-me a salvo o ainda que não abrimos juntos.(Fabrício Carpinejar)

  Descuidou-se por um instante e as bolas escaparam, correram desnorteadas pela rua. Ela tentou agarrá-las, mas era tarde. As bolas correram...